A secretária de Saúde de Batatais, Bruna Toneti, está participando do Global Stroke Alliance – for Stroke without Frontiers, um congresso médico destinado a debater o AVC (Acidente Vascular Cerebral), na capital paulista.
Bruna explica que o congresso é uma iniciativa conjunta para avaliar e discutir as melhores evidências para implementação de Programas de AVC em todos os níveis: prevenção, tratamento e reabilitação.
O evento conta com a participação presencial de 26 países, e o município de Batatais foi compartilhado em experiência na apresentação do médico Octávio Pontes Neto, que é professor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, diretor da Unidade de AVC do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e da Rede AVC Brasil.
“O doutor Octávio explanou sobre os modelos de rede AVC no pré-hospitalar e suas lacunas no Brasil, citando a parceria com Batatais no projeto de atendimento ao AVC agudo que está em andamento pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento), Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Santa Casa de Batatais”, disse Bruna.
A secretária explica que, em Batatais, a terapia clínica disponível na rede pública é trombólise química, procedimento que tem alcançado ótimo resultados, salvando vidas e permitindo que, em muitos casos, o paciente se recupere sem nenhuma sequela.
“E em casos mais severos, quando é indicada a realização de uma trombectomia mecânica (neurocirurgia), o paciente é conduzido para a unidade de referência regional, que é o HC de Ribeirão Preto.
Hoje, esse procedimento é de alto custo e não havia um financiamento adequado. Fazíamos, em sua maioria, com base em um financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), dentro de um projeto de pesquisa com o HC. No evento, soubemos que há a intenção do Ministério da Saúde de apoiar efetivamente a realização do procedimento”, disse.
Bruna se refere ao anúncio feito pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na abertura do congresso, nesta quarta-feira (10), informando que a trombectomia será incluída nos procedimentos realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Altamente especializado e usado na fase aguda do AVC, o tratamento consiste na inserção de um cateter no vaso sanguíneo do paciente para remover o bloqueio e restaurar o fluxo sanguíneo para a área afetada. A tecnologia deve estar completamente implantada até o final do ano, conforme cita publicação da Agência Brasil.
Segundo Queiroga, o desafio de cuidar do AVC é tão amplo que não abrange só a atenção especializada, porque começa na atenção primária, com controle da hipertensão arterial, do diabetes, com o combate ao tabagismo, sedentarismo, entre outros.
O ministro reforçou que as doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo, atingindo 18 milhões de pessoas por ano.