Um estudo da Fiocruz revela que o consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil está associado a 57 mil mortes prematuras anuais, gerando um impacto econômico de R$ 10,4 bilhões ao país. O levantamento, solicitado pela ACT Promoção da Saúde, aponta que esses gastos incluem despesas com tratamentos no SUS, aposentadorias precoces e licenças médicas. Os produtos ultraprocessados, ricos em aditivos e pouco nutritivos, estão relacionados a doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. Em 2023, segundo o Ministério da Saúde, 10,2% dos brasileiros declararam ter diabetes, 27,9% hipertensão e 24,3% obesidade. A pesquisa estima que R$ 933,5 milhões são destinados ao tratamento dessas doenças, enquanto outros R$ 263 milhões estão ligados à previdência e licenças médicas. Apesar da gravidade, o pesquisador Eduardo Nilson alerta que os custos reais podem ser ainda maiores, já que diversas condições de saúde associadas ao consumo de ultraprocessados não foram contabilizadas no estudo. Chamada para reflexão: reduzir o consumo de ultraprocessados é essencial para melhorar a saúde pública e diminuir os impactos econômicos no país.